Como boa amiga, me sinto na incrível missão de trazer meus amigos para o vinho, de convertê-los. Logo, sou a responsável por organizar encontros e degustações.
Meus amigos bebem vinho.
Na verdade, meus amigos bebem. Ponto.
Só que eles bebem vinho assim, sem qualquer pretensão, como eu bebia também. Ou acompanhando as refeições ou relaxando. Identificar aromas? Jamais. Coisa de enochato.
Mas aí eu, a enviada, a missionária responsável por guiar o povo ao caminho do bem, peguei a causa e estou incumbida deste trabalho. O da conversão.
Confesso que transformar fiéis bebedores de cerveja artesanal, whisky e gim em amantes de vinho não é tarefa fácil. Mas está tudo correndo muito bem, obrigada.
A primeira degustação a que eu os submeti foi de Carménères da Ventisquero.
Por que Carménère? Ah! Porque ela é fofinha, é fácil gostar dela e porque eu consegui comprar a linha toda (Entrada, Reserva, Queulat Gran Reserva e o Grey) com o mesmo distribuidor . Então achei que seria uma experiência válida em termos de comparação.
E claro, para a brincadeira ficar legal, coloquei um Cabernet Sauvignon Nacional, de R$ 20 reais no meio. Pois sempre tem que ter um impostor!
(Na foto: embalados e revelados. O impostor está ali, o segundo da esquerda para direita)
Meu trabalho na conversão não é só fazer com que eles bebam vinho. Porque, pô, aí seria super fácil! Minha missão é fazer com eles “apreciem” o vinho, analisem, percam tempo conversando sobre as características….esse é o desafio da religião (ou seita) que estou fundando hehehe.
Foi um sucesso a degustação! Meus amigos que nunca tinham parado para identificar aromas ficaram encantados! Eles gostaram muito de avaliar os vinhos e as descobertas foram incríveis!
Pelas fotos é possível observar a concentração do povo. Várias anotações, vários debates!
A segunda degustação foi aqui em casa e, desta vez, fizemos o tema: “Descobrindo castas”.
Eram 4 vinhos varietais de castas que eles não possuem muito o hábito de tomar e que achei interessante descobrirmos juntos as sensações: Barbera, Cabernet Franc, Ancellota e Refosco dal Peduncolo Rosso. O impostor dessa vez era um blend de Negroamaro e Primitivo.
Montei uma apresentação e o desafio era se reconheceríamos ou não as castas. E se seria possível identificar o blend.
Descobrindo Castas: vinhos da Degustação II
O fato é que, se identificamos ou não as uvas, isso é menos importante. O que vale mesmo é a experiência em compartilhar isso entre amigos.
Também achamos que essa segunda degustação, mais direcionada e com uma apresentação, ficou mais bacana, mais técnica. Achamos que 5 vinhos é demais. Para 8 pessoas, bastam 4.
Ou seja…
São informações que a gente vai acumulando e melhorando para as próximas. O que me deixa feliz e realizada é que eles DE VERDADE estão gostando. Não é para me agradar, sabe? Eles estão – de fato – se convertendo ao vinho.
E eu, fico em paz e durmo tranquila, certa de que estou fazendo a minha boa ação no mundo. Amém.
Vinhozin para relaxar
Kommentarer