Estamos há 1 semana em um relacionamento sério. Eu e o Oloroso que por ora reside na geladeira aqui de casa. Estou me sentindo o Rei diante de Sherazade. Antes que vc pense que esse post trará algum conteúdo sobre Jerez, já adianto que não. Abiguinho, eu não sei nada sobre Jerez, não sei nem beber. Essa é a primeira garrafa que entra aqui em casa para ser consumida na íntegra. A primogênita. Até então, as pequenas doses que bebi foram em degustação. Posso não lembrar qual foi a primeira garrafa de vinho fino que comprei na vida, mas lembrarei a do primeiro Jerez porque tô dividindo aqui com vcs. Mentira, eu lembro da minha primeira garrafa de vinho fino sim. Foi um Carmenere Reservado da Concha Y Toro. E de lá para cá, tantas descobertas…suficientes para saber que tomar um Jerez não é tomar um fortificado. Vai muito além. Como uma mãe que embala o primeiro filho, fiquei tão sem saber o que fazer, que me consultei com Sommeliers amigos queridos. De todas as informações recebidas, guardei a mais importante (aliás, unânime): teste aos poucos com harmonizações fortes, deixe na geladeira e vá descobrindo. Vá se encantando com distintas combinações, pois ele por si só já é a grande descoberta. E assim tenho feito. Nessa história já passaram queijos fortes, foie gras, porco, fígado…ele já abriu e encerrou o jantar. Assim como o Rei, sigo aprendendo com os enigmas das mil e uma noites; enquanto o Oloroso, a Sherazade aqui de casa, está cada dia melhor e mais instigante.
Esse foi comprado na @casadabebida.com.br
Gonzales Byass Alfonso
Jerez Oloroso
Cor âmbar
No nariz: Muita fruta seca, notas oxidativas extremamente agradáveis e em sintonia com aromas amadeirados. Especiarias e algumas flores brancas.
Paladar: Seco, vivo em acidez, longevo e muito amplo
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