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Como começar a “apreciar” o vinho em 7 passos

Foto do escritor: Joana RangelJoana Rangel

Escolha um final de semana. Pois se algo der errado, se você exagerar, terá o domingo para se recompor. Vamos lá!

1 – Opte por uma taça com um formato que mantenha as propriedades do vinho. Claro que segurar uma taça bonita faz tooooda a diferença, mas não ter uma extremamente adequada não é impeditivo para que você comece.


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Admito: eu gosto de taças grandes!


2 – Não encha a taça, pelo amor de Dionísio! Vinho não é cerveja, que tem colarinho para manter a temperatura. É o oposto. Quanto mais vinho, mais rápido ele esquenta. E, nem preciso lembrar: segure pela haste!

( E aí não é questão de frescura.  O vinho irá esquentar se você não segurar pela haste da taça.)

O vinho tinho deve ser servido a uma temperatura de 15, 17°C (temperatura ambiente da Europa) – por isso as adegas são tão legais! E os vinhos brancos  devem ser servidos entre 8 e 10°C . Nunca congelando, por favor!

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3 – Não beba rápido e nem em grande quantidade. Uma garrafa para três pessoas é uma medida excelente. Não precisa começar com exageros. Não tenha pressa. O vinho é inimigo da pressa. E a cada medida de vinho, beba a mesma medida de água.

Um vinho possui  de 11% a 14% de teor alcoolico. Então, se você não quer acordar na manhã seguinte com aquela boca de guarda-chuva, hidrate-se! A água é fundamental!

4 – Não insistir que vinho bom é vinho suave e, com isso, deixar de aprimorar o paladar.

O nome disso é teimosia. Como eu já escrevi aqui, PALADAR É ALGO QUE SE APRIMORA. Quanto mais você exercita o seu paladar, melhor e mais exigente ele fica.

O vinho suave, por conter açúcar, vai viciar o seu paladar em uma zona de conforto quase infantil. Existem vinhos doces,  licorosos…próprios para serem degustados com a sobremesa (falarei deles em outro post), mas, recomenda-se que um vinho para se tomar durante as refeições, seja seco.

Também é importante não se acomodar em um tipo só, como é comum com os argentinos malbecs. Como o brasileiro passou a viajar para a Argentina, é de praxe ouvir a afirmação “eu só gosto de vinho argentino”…zzzzzzzzzzzzzz

Não se limite.

5 – Achar que vinho brasileiro não é bom. Eu aceito quando dizem que é caro. E ele é. Muito caro. Nossa carga tributária aniquila qualquer possibilidade de incentivo ao consumo, mas, você pode comprar em alguma promoção, ir em algumas degustação que oferecem desconto…basta se informar. Nós fazemos vinhos excelentes e reconhecidos lá fora!

Então, por favor, não tenha a síndrome do vira-lata, porque com vinho não cola. As regiões do Sul são um paraíso para os amantes do vinho. Acabe com esse mito na sua cabeça!!!

6 – Ficar constrangido em cheirar e apreciar o vinho. Não se acanhe. Esse movimento de ficar olhando a coloração, de sentir os aromas do vinho, faz parte do processo. Por isso também que não se deve encher a taça (passo 2)! Para que o vinho possa deslizar, girar e para que você possa sentir os aromas.

Vinho é uma bebida viva, uma bebida para se relaxar. Faça uma análise da cor, descubra sabores, aromas e deguste o vinho. Aos poucos você vai começar a perceber deliciosos padrões.

7 – No mais, se você estiver em um booooommmm restaurante, não tenha medo de pedir ajuda ao sommelier da casa. Ele certamente terá a indicação perfeita para você. E em alguns estabelecimentos, os próprios garçons sabem indicar um vinho adequado.

Não tenha medo de fazer feio. Fazer feio é não experimentar!

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